09 julho, 2006

Motivação e início

Há quase dois anos, no início de 2004, praticamente desanimei da poesia e dos poemas. Não foi um abandono, mas um desânimo. Meu amigo Ademir Demarchi (sem saber desse desânimo) denominou o momento atual como "tédio geral", e provavelmente esse tédio (junto aos motivos pessoais) foi a influência forte.

No entanto as perguntas que motivam a escrita dos poemas e a reflexão sobre a poesia, e também sobre o pensamento (e não a razão crítica) que vive dentro da poesia como uma forma especial (eu penso que é superior) do pensar, essas perguntas continuam persistindo.

O espaço deste blog surgiu como ambiente para que algumas respostas, nunca conclusivas, possam ser colocadas, analisadas, rebatidas e reescritas, sob o risco constante e motivador do erro e da imprecisão.


Além disso, outras questões, concretas, precisam ser colocadas. Por que a poesia não tem espaço no mundo atual? Qual a função dos poemas no mundo de hoje? Ou melhor, existe alguma função para a poesia, para além daquele ridículo mote de que a “poesia não tem função”? Por que os poetas se recolheram em guetos e clubes e se amesquinharam? E por que as pessoas mais inteligentes não se dedicam mais a ler, e muito menos escrever, poemas?

Nenhum comentário: